segunda-feira, 31 de março de 2008

Nassif revela evidências de ''dedo tucano'' no suposto dossiê

O jornalista Luis Nassif conseguiu informações de bastidores que indicam a participação de tucanos na elaboração do suposto dossiê que a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo --coincidentemente, dois veículos simpáticos ao tucanato - andaram divulgando na última semana.
Segundo informação postada no blog do Nassif, há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo Fernando Henrique para causar um ''fato político'' que estourasse no colo do Palácio do Planalto.
Agora, Nassif traz novos indícios que fortalecem esta hipótese. Ele mesmo diz estar convencido de que o tal dossiê é uma armação. ''Não é a primeira vez que sigo a intuição e aposto em uma direção. Se estiver errado, pago o pato: me penitenciarei publicamente aqui no Blog e me exporei aos ataques dos adversários. Mas minha convicção sobre a natureza do suposto dossiê está mais forte'', diz ele.
''Tanto na matéria da Folha quanto da Veja, não havia uma indicação nem de onde veio o tal dossiê, nem quem foi chantageado por ele. E essa ausência absoluta de informações acende a luz amarela em qualquer jornalista com experiência em reportagem investigativa'', explica Nassif.
Governo anterior
A suspeita de Nassif sobre a origem do dossiê foi reforçada após a conversa que ele teve com um dos mais experientes repórteres políticos de Brasília. ''Sua visão – de dentro do jornalismo brasiliense – ajuda a trazer mais dados para essa história do suposto dossiê contra Fernando Henrique Cardoso'', diz Nassif.
O jornalista, que Nassif preferiu não identificar, diz que há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo anterior. A primeira, é que os papéis não machucam ninguém. Apresentam apenas banalidades sobre os gastos de FHC. Depois – continua ele – porque, pela descrição da Folha, percebe-se que foram extraídos de três bases de dados diferentes, com três letras diferentes de computadores, com diferentes tratamentos a dona Ruth.
O jornalista ouvido por Nassif garante que esses papéis não foram produzidos na Casa Civil. ''No máximo pode haver alguma coisa da base de dados que foi juntada às trezes folhas. A Casa Civil pode ter seu levantamento, mas não é esse'', opina.

Já havia suspeitas de que o material reproduzido pela Folha na quinta tivesse sido fornecido pela Veja. Primeiro, pelo fato de nenhuma das duas empresas darem a menor dica sobre a proveniência dos dados. Em qualquer jornalismo que se preze, não se entregam as fontes mas se dão dicas sobre a origem da informação, como forma de situar o leitor. Ou do Congresso, ou de fontes do Palácio, ou de fontes do antigo governo, qualquer coisa que permita ao leitor saber o que estão lhe servindo.As duas publicações nada falam sobre isso. Mas a confirmação veio na última edição de Veja.
Porões
Dilma Rousseff negociou terça e quarta pessoalmente com Roberto Civita a publicação do desmentido oficial da Casa Civil, diz ele. O acordo foi fechado na quarta. A confirmação veio na última edição da revista, no espaço aberto à Ministra. A redação da Veja se sentiu acuada. O suposto dossiê foi entregue à Folha na quinta – típica reação dos porões, diz o jornalista.
E porque porões? Aí entra a questão da bruxaria, imagem que ele vai buscar em matéria de Elio Gaspari na Veja, em 1985, quando Brasília amanheceu coalhada de cartazes indicando que o Partido Comunista apoiava Tancredo.Todo mundo sabia disso, não era novidade. A novidade era saber quem colocou os cartazes. Enquanto a imprensa saía atrás da repercussão dos cartazes, Gaspari saía atrás da identidade dos responsáveis – que haviam sido presos. Descobriu-se que eram pessoas do Centro de Informações do Exército, pretendendo açular a linha dura.
Segundo Nassif, a lógica é a mesma do suposto dossiê. ''Todo mundo sabe que o governo está se armando. Mas o dossiê foi gerado fora do governo para criar um fato político – não com a linha dura do Exército, obviamente, mas com os falcões do Congresso''. Tem uma matéria da Veja acontecendo neste momento, diz o jornalista. ''Não é só calvinista, falso moralismo, não é só estupidez que está exposta. Tem bruxaria também e que está se desdobrando agora. O pessoal antigo de FHC voltou a operar'', revela.
Enquanto alguns tucanos operam nos esgotos da mídia, outros atuam nos corredores do Congresso Nacional para sustentar a farsa montada por eles mesmos. A tática é usar a CPI dos Cartões Corporativos para acusar o governo de chantagem. Nesta semana, líderes tucanos usaram e abusaram das tribunas do legislativo para apontar o dedo acusador para o governo e especialmente para a ministra Dilma Roussef, exigindo dela ''explicações'' sobre o tal dossiê.
Grande pauta
O jornalista ouvido por Nassif diz que, em Brasília, a grande pauta do momento é saber quem confeccionou o suposto dossiê. Um leitor do blog de Nassif resgatou trecho de uma reportagem da própria Folha de S. Paulo que pode ajudar a desvendar esta pauta. A reportagem é de 12 de fevereiro de 2008 e diz que ''o acordo do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) com o governo na eventual CPI dos Cartões Corporativos mobilizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e auxiliares numa varredura de dados,(...) À tarde, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reuniu-se com o secretário de Organização do partido, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência na gestão FHC.
Jorge ficou encarregado de coletar dados sobre o período e checar que tipo de documentação estaria arquivada, assim como o acesso a ela''. ''Ficou claro que os tucanos também possuem uma base de dados sobre o período e o fato desse relatório de 13 páginas, obtido por Veja, jamais ter sido divulgado na íntegra - apenas fragmentos - faz pensar que esses dados que estão circulando podem ter vindo de quem realmente tinha interesse em divulgá-los'', diz o leitor José Augusto Zague, que deu a dica para Nassif.

Dilma: "A quem interessa isso tudo?"

A mesma suspeita têm o governo. Tanto que a própria ministra Dilma Roussef foi porta-voz deste questionamento. ''A pergunta que o governo faz hoje é: a quem interessa o vazamento dos dados?'', disse Dilma durante entrevista coletiva concedida neste sábdo (29) em Curitiba. ''Muita gente sabe e viu. A esperança é descobrir quem'', acrescentou a ministra, ao informar que já foi iniciado o processo de apuração de responsabilidades: ''O grave é o vazamento de informações, que vai ser apurado. Não sabemos quem formatou, a sindicância já foi aberta''.

Na carta enviada à revista Veja, a casa Civil reforça a suspeita ao finalizar a carta com a pergunta: " a quem interessa isso tudo? Ao Governo Federal, certamente, não."

quinta-feira, 27 de março de 2008

Lula diz que ligou para Bush e pediu para americano resolver crise dos EUA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que ligou para o colega norte-americano Geroge W. Bush e pediu que ele resolve a crise financeira dos Estados Unidos.
Em tom de ironia, Lula disse ainda que o Brasil tem know-how em programas para ajudar bancos em dificuldade financeira e citou o Proer --programa de socorro aos bancos quebrados, em 1995."Eu, pessoalmente, liguei duas vezes para o presidente Bush. [...] Eu liguei para ele para falar: "Bush, o problema é o seguinte, meu filho: nós ficamos 26 anos sem crescer, agora que a gente está crescendo você vem atrapalhar? Resolve a sua crise´.
E depois, o Brasil tem know-how para salvar banco, é só criar um Proer", disse Lula durante discurso no Fórum Empresarial Brasil-México, em Recife (PE)."Se ele [Bush] quiser, pode vir ao Brasil e tem gente que pode ensinar, eu não vou ensinar. Mas tem gente que pode ensinar como é que se salva um banco", disse Lula se referindo ao programa lançado pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O Brasil tem know-how e acho que se eles precisarem nós poderemos mandar essa tecnologia para eles. E o pior é isso, é que nós bancamos ajuda aos bancos, fechamos alguns e eles agora estão na Justiça, para ganhar de volta." Dilma x FMILula fez um mea culpa e disse que passou 30 anos da sua vida xingando o economista Delfi, Netto e o FMI (Fundo Monetário Internacional). "Ao Delfim eu já pedi desculpas, num ato público do PT, na minha campanha.O homem precisa ter compreensão de que uma pessoa com quem teve divergência na década passada, pode ser o seu melhor amigo na década seguinte. É por isso que Deus nos fez inteligentes, é por isso que nós somos racionais."
Sobre o FMI, Lula disse que ganhou uma bursite de tanto protestar contra o fundo. "E o FMI, eu tenho um problema de bursite, é de carregar faixa contra o FMI. Não tem um lugar deste Brasil que eu não andei com faixa pendurada. Hoje o FMI não tem nenhum significado." Lula disse que não quis comprar briga com o FMI quando quitou a dívida do país.
"Eu poderia ter feito um programa, em cadeia, como o Juscelino fez quando brigou com o FMI. Eu pensei: eu poderia fazer, mas eu acho que não. Vamos devagar porque amanhã eu posso precisar deles. Então vou com cuidado. Como eu vi minha mãe, muitas vezes, bater palma na casa da vizinha para pegar uma xícara de sal, para pegar uma xícara de açúcar, para pegar uma xícara de óleo emprestado, e eu dizia: mãe vamos manter uma boa amizade com essa vizinha aí, porque a gente pode precisar outra vez."

sexta-feira, 14 de março de 2008

Condoleeza Rice pede que países vizinhos à Colômbia controlem fronteiras



Secretária de Estado ressaltou que o ‘Brasil é claramente um líder na região’.Ela cobrou um controle mais rígido no território da América do Sul.





Rice elogiou a atuação brasileira para solucionar a crise diplomática entre Equador e Colômbia. “O Brasil é claramente um líder na região e, cada vez mais, um líder global, não apenas regional”, afirma a secretária de Estado. Ela apoiou a criação de um Conselho Regional Sul-americano para resolver problemas relativos aos países da América do Sul. Para ela, o Brasil tem sido efetivo em “ajudar a melhorar a vida do seu povo”. A cooperação entre Brasil e Estados Unidos foi lembrada em projetos na África do Sul e na questão do biocombustível.
A secretária de Estado fez elogios o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando o empenho brasileiro em trazer ao foco o biocombustível. "O presidente Lula se destaca por sua sabedoria, por sua capacidade de unir a região, por sua visão. E não só por sua visão sobre a região, mas por ter conseguido melhorar a vida do seu povo e por ter relações com países como os Estados Unidos.
Acho que ele vai conseguir colocar os biocombustíveis no mapa como maneira de resolver os terríveis problemas que estamos enfrentando de oferta de energia e mudanças climáticas." Sobre a Venezuela e a relação com Hugo Chávez, Rice crê que é possível voltar a ter contatos com o país. “Historicamente temos boas relações com a Venezuela”, conta. Ela diz ainda que “a questão não é de onde você está no espectro ideológico, mas, sim, se você respeita valores democráticos e instituições democráticas”.
Para ela, não importa que o presidente seja de esquerda ou direita, mas, sim, dos valores que prega. Quanto às Farc, considerada uma “organização terrorista” na visão dos Estados Unidos, Condoleezza acredita que os países têm de ter um controle mais rígido nas fronteiras entre os países, pois as Forças Armadas estão atuando além do território colombiano. “É uma exigência da ONU que seus países membros façam tudo o que pode ser feito para evitar que terroristas usem o sistema financeiro ou territórios remotos para atacar pessoas inocentes”, enfatiza.
Ela ressaltou que os Estados Unidos já estavam envolvidos em ajudar a Colômbia que enfrenta a insegurança permanente no país, com o narcotráfico e terrorismo. Ela citou o exemplo de Medellín que “antes era um sinônimo de problema e agora é uma cidade que está crescendo e a prosperidade faz parte da rotina de novo”.
Condoleezza Rice lembrou ainda que os Estados Unidos dobraram a ajuda externa na América Latina “porque o atual presidente tem se preocupado com a justiça social”. Para finalizar a entrevista, Condoleeza explica que foi um desejo pessoal a viagem para a Bahia: “é lindo aqui, eu sinto ter demorado tanto a conhecer a Bahia”. Após a passagem pelo Brasil, ela irá para o Chile.

extraído do site G1

Jogo coloca personagens bíblicos para brigar no estilo 'Street fighter'



'Bible fight' promove lutas entre Jesus, Noé, Satã, Moisés, Eva e Maria.
'Heróis' têm poderes especiais como nos clássicos jogos de luta.
Foto - divulgação: site G1



Os jogos de luta "imortais" como "Street fighter", "Mortal kombat", "Virtua fighter" e "Soul calibur" acabam de ganhar mais um companheiro: trata-se de "Bible fight", um "webgame" que coloca frente-a-frente personagens bíblicos como Jesus e Maria.


São seis personagens bíblicos: Eva, Noé, Moisés, Maria, Satã e Jesus. Cada um tem seu próprio cenário e golpes especiais. Eva luta no paraíso e uma de suas armas é o "mudd uppercut", quando Adão surge das profundezas para atacar o adversário da mulher.



quinta-feira, 13 de março de 2008

Profissionais: precisamos deles



Penso que encarar o jornalismo é barra. Sei muito bem que não somos dono do mundo e nem sabemos de tudo. "Só sei que nada sei", dizia Sócrates.
Mas graças ao bom Deus, tenho muitos colegas de profissão que posso contar, para resolver minhas dúvidas. São eles: Ricardo, Wagner, Lourival, André, Cristiane, Djian, Helena, Andréia, Ademir, Gabriel, Amarildo, Leandro, Carolina, Marcos, dentre outros.
Valeu colegas...
Pólio

terça-feira, 11 de março de 2008

Para Marcos Antônio TV comunitária é espaço para reinvindicar direitos

"Fiz dez provas de vestibular para direito, não passei em nenhuma", declara Marcos Antônio da Silva, 43, hoje estudante do sétimo período de Jornalismo em entrevista. Casado, pai de dois filhos, evangélico, servidor público, bem humorado e um olhar brilhante quando se fala em TV comunitária, ele afirma que seu sonho é fazer uma "TV de Rua".
Marcos Antônio teve uma infância muito difícil. "Eu era muito pobre, mas consegui entrar no serviço público", diz. O estudante declara que a monografia que quer mostrar está enraizada na TV Digital comunitária. Hoje Marcos Antônio faz um trabalho voluntário em uma fundação que tem o objetivo de disseminar as ações da comunidade. "Quero polemizar o assunto de TV comunitária. Os moradores tem que ter um espaço para reinvindicar seus direitos. A TV brasileira hoje é totalmente comercial e elitizada".
De acordo com o estudante, as empresas de TV à cabo tem por lei que disponibilizar, pelo menos seis canais para uso comunitário. Ele revela que para se ter uso deste benefício, os grandes monopólios alegam que os produtores devem ter todo o aparato de produção, roteiro e edição de imagens para veicular. A ANATEL, segundo Marco Antônio, alega também que as pessoas não estão preparadas para empreender sua própria programação. Disse que concordava mas indagou sobre a TV digital. A reguladora afirmou que as programações deverão ser mais convidativas e variadas e com certeza abrirá mais espaço para redes com programações segmentadas e locais.
Marco Antônio afirma que a Fundação Auxiliar de Combate à fome, a qual pertence, já tem alguns equipamentos: uma câmera, e computador para edição. A sede da fundação, claro, está no seu quintal. "Nossa idéia é captar as imagens que as pessoas fazem no bairro onde moram, com a ajuda de patrocínio. Depois, fazemos a edição do material, enviamos uma van com um telão de pelo 75 polegadas junto á praça do bairro, e passamos a imagem para as pessoas, sem maquiagem, respeitando a linguagem local, coisa que não acontece na Globo.", afirma.
Com um tom mais áspero e rosto fechado, Marcos Antônio declara que a TV no Brasil não é democratizada e não há espaço para as comunidades reinvindicarem seus direitos. diz ainda que não gosta quando alguns empresários das TV´s abertas falam das redes que têm como se fossem suas. "Não sei porque falam, 'minha TV'. A concessão é dada pelo governo, você pode ter o melhor equipamento do mundo, no entanto sem a concessão você não tem nada".

sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia de entrevista

Acordei hoje ás 06:00 da manhã com um sono que mal consigo levantar de tão tonto. Preparo a camisa preta. "Saco, hoje eu vou ter que ir de preto, não tenho mais nenhuma camisa mais clara", disse. Visto a calça que compôe o terno. Beijo minha esposa e saio para a rua. O calor já estava me sufocando. Chego na empresa onde vou fazer a entrevista e percebo que o relógio estava adiantado. "Coisa de dona Márcia", replico.
Aproveito e leio um pouco o livro do Franklin Martins. Ele é muito instrutivo. Principalmente na parte da linguagem não verbal que gosto muito. franklin afirma que temos "ler" os corpos das pessoas, pois pode dar algum furo. Entro no elevador. Fico esperando pelo menos vinte minutos. "Será que faz parte do teste?", me indago. Chega uma figura. Meu concorrente na vaga. Seu nome era André. sorriso largo, rosto queimado por um acidente doméstico com óleo quente há dois dias.
Camisa preta, que nem a minha, calça Jeans, sapatos comprados em uma Elmo da vida. Gente boa. Logo foi puxando conversa. Disse que estava fazendo o segundo período de Administração. "Esse é o candidato perfeito para a vaga", pensei. Entre as dores que reclamava falou da namorada. Dizia que estudam na mesma sala e são castíssimos. Tentei acreditar. Falava que meu nome era engraçado. Coitado. Ele ainda não tinha visto nada. Sentamos e a "psicóloga", se é que a deveria chamar assim, aplicou-nos o teste. Ela era muito bonita. Cabelo meio louro, meio sorriso, olhos azuis e um olhar convidativo, explicava a tarefa como se fôssemos crianças de primeira série.
O teste era engraçado. traçar "pausinhos" na mesma proporção e ordem. Foram só trinta minutos de teste e já estava com fome. Tenho a mania de sair sem tomar café. Despistei a fome pensando em um saboroso pão com manteiga. Na saída, tinha que responder á algumas perguntas básicas, como por exemplo a religião que professo e quanto tempo me dedico a ela. "Que coisa", pensei. Fui sincero. Penso que fui mais sincero com ela que com minha mãe. Deu-me o endereço onde faria outra entrevista.
Era mais longe que pensava. Ceasa, é mole. Rua da Bahia com Carijós. Ponto do ônibus. pergunto ao motorista da linha 4402 se passava em frente ao centro de distribuição do Magazine Luiza. "É o BR 040", diz. Percebo que vem outro em seguida. Faço a mesma pergunta. estava inseguro. O motorista falou que passava onde queria. Entro e o cata jegue estava cheio. As pessoas pareciam vindas do interior. Roupas sujas e muita gente idosa. Eu com aquele calor e de roupa preta.
A viagem foi longa. Já fazia mais de cinquenta minutos dentro daquela caixa e já não estava mais aguentando. O cobrador me dá um sinal de que posso descer. Para a minha surpresa os dois entederam errado. Falei que queria ir até a Smart Logística. Entenderam Mart Minas. "Estou muito abençoado hoje", disse espantando o mal humor. Pergunto ao porteiro da empresa por onde podia passar e me disse que ia andar muito.
E andei. O engraçado é que a rua onde estava passando era de chão batido. Dez moleques andavam comigo. Tocavam todas as campainhas das casas que viam e ainda mexiam com todos os cães da rua. Lembrei-me da minha infância. Eu também fazia a mesma coisa. Cheguei na empresa. Mais espera. Essa foi pequena. Tive que colocar todos os meus dados na folha. "Há tanto tempo que não preencho uma ficha", pensei. Uma moça muito gentil me ofereceu água.
Cabelos castanhos, com uma boca super sensual. O corpo nem se fala. Esbocei meu tradicional sorriso. "Deu química", pensei.
Já na entrevista dentro da sala, o diretor de RH, branco de olhos azuis, parecia do sul, e o outro baixinho, mais mineiro. Todos estavam sérios. Como de costume, as falas estavam todas decoradas. Benefícios, salário etc. O diretor de RH me surpreendeu em um gesto. Percebi que estava verificando a reação do meu corpo a cada palavra proferida.

No fim esticou o pescoço e olhou as minhas pernas. Imediatamente esbocei o sorriso e olhei nos olhos dele. Sabia que ele queria ver meu interesse pela vaga. Estava "lendo" minhas reações. "Coincidência", pensei. Li sobre isto hoje. Realmente as pessoas querem saber mais sobre nossas reações do que aquilo que falamos. "Importante. Muito Importante", observo. Saio da entrevista e vou para a faculdade. Meu grande amigo e colega Guará me liga. "Tô chegando", diz. Sigo para os laboratórios. Ligo o micro e vou ler as notícias do dia e primeira manchete: "Polícia não pode entrar batendo", disse Lula na apresentação do Pac na favela da Rocinha no Rio.
Pólio

segunda-feira, 3 de março de 2008

Copom deve manter Selic em 11,25%

Mesmo que o mercado não conte com surpresas, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores e o presidente do Banco Central, que será realizada amanhã e depois, vai merecer a atenção dos investidores brasileiros.
Com o dólar em seus menores patamares desde 1999, cresce a expectativa em torno da possibilidade de o Copom vir, em um futuro próximo, a reduzir a taxa básica da economia. A expectativa predominante é que o Copom mantenha, na reunião desta semana, a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,25% anuais.
Na Europa, tanto o Banco da Inglaterra (o banco central britânico) como o BCE (Banco Central Europeu) também vão se reunir nesta semana. Na quinta-feira, ambos divulgam suas decisões. O mercado espera que os juros sejam mantidos, em 5,25% no Reino Unido e em 4% na zona do euro.