quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

BH é destaque nacional no setor da Informática

Capital mineira está em terceiro lugar no ranking de utilização e vendas do setor

Com 42% da fatia nacional do mercado de desenvolvimento comercial e tecnológico, Belo Horizonte já atraiu mais de 20 empresas estrangeiras. Entre elas já instaladas estão a AIX Sistemas S/A, ETEG Internet Ltda, NoTI Tecnologia da informação, 90 informática Ltda, TTY2000 Tecnologia e Sistemas Ltda. Todas manufaturam insumos de informática em diversas regiões de Minas, gerando emprego e comercializando produtos. No país já são mais de 100 em funcionamento.
“Belo Horizonte tem apresentado um crescimento avançado nas vendas de Notebook, Pen drives e mídias. E hoje para sobreviver neste mundo de competição não tem outro jeito, a informática é essencial”. Afirma o técnico em informática Paulo Eduardo Vidigal, de 24 anos.
Se desenvolvendo a partir do regime de incentivos diversos, centrado na substituição de importações, a Indústria de Tecnologia da Informação, nos segmentos de Hardware, Software e serviços técnicos de informática ajudaram o Brasil em 2007, gerando mais de US$ 15 bilhões anuais. Cerca de 2,5% do PIB. Segundo o BNDES, que articula políticas de investimentos para o setor, o Brasil busca novas estratégias de desenvolvimento embasadas na lei de vantagens comparativas, aliando capital humano, tecnologia e flexibilidade institucional.
As ofertas de crédito de financiamento do consumo para as classes de baixa renda associada a uma vasta distribuição física conduziram ao crescimento o mercado oficial frente ao mercado ”cinza”. As vendas de computadores no varejo no estado segundo a FIEMG, cresceram a uma taxa média de anual de 119, 1%, nos dois últimos anos, mesmo patamar da nacional.
Mesmo com os altos valores cobrados pelos provedores de internet e a falta de punição dos crimes de informática, alguns acreditam que computador não é mais artigo de luxo. “Devido á necessidade, as pessoas têm mais acesso ao computador. Com o crédito ficou tudo muito fácil”, conclui o ajudante de produção Fernando Roger Silva Luciano de 23 anos.
Por Pólio Marcos

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

INSS entra na era digital

Ferramenta de digitalização é indispensável para a agilidade no atendimento aos segurados da instituição.

Se é preciso ter zelo quanto a guarda de nossa documentação pessoal, como Carteira de Trabalho, Certidão de Nascimento, dentre outros, imagine então preservar um acervo de milhares de documentos da vida laborativa dos segurados do INSS. Ou ainda daqueles processos produzidos pela área administrativa de uma instituição que tem mais de 85 anos? Graças ao esforço e empenho dos servidores e aos investimentos maciços do INSS na criação dos Centros de Documentação da Previdência – CEDOCPREV – hoje, a realidade do acervo documental da instituição é totalmente diferente.


Foto: Cedocprev INSS

Além de reformas e construções de novos arquivos e agências espalhadas por todo o país, a parte tecnológica merece significativo destaque. Uma das ferramentas empregadas para a proteção e trânsito dos documentos entre os centros de documentação e as agências da Previdência Social utilizados é a Unidade Central de Atendimento a pesquisas processuais, um programa denominado “Capture”. “O aplicativo não acaba com o arquivo físico, no entanto, o protege durante o trânsito entre as agências e setores da Previdência, evitando-se fraudes”, Afirma o servidor Cláudio Sérgio Santana Silva, que trabalha á 10 anos no INSS.



Segundo ele, a ferramenta “Capture” permite a redução de tempo na resolução de informações aos segurados e proporciona também uma consulta limpa ao arquivo, sem prejudicar a saúde do servidor e ainda a disponibilidade do processo para as agências em formato digital em 24 horas. “Processos de benefícios referentes à revisão de direitos, recursos ou demandas judiciais podem ser enviados ás unidades do INSS por correio eletrônico, CD, DVD e até pendrive”, afirma o servidor.


“A realidade é muito diferente nos dias atuais. Se antigamente tínhamos problemas para proteger e enviar documentos, hoje a digitalização já é futuro dentro da instituição”, afirma Cláudio Santana. Em Belo Horizonte, o INSS possui um arquivo com um acervo de mais de 650 mil documentos arquivados de A à Z com o devido monitoramento e organização e sendo digitalizados pelo programa Capture.


Saiba como funciona um centro de documentação da Previdência Social:



As agências e setores do INSS fazem a solicitação do documento específico para o CEDOCPREV:



O servidor se dirige á galeria e localiza o documento...



...O documento passa por uma "higienização"...



...é realizada uma “preparação” do documento para a digitalização...


...digitalização é feita no programa Capture....


... através de um scanner especial de produção que realiza o escaneamento com uma velocidade de produção de 60 páginas, gerando 120 imagens frente e verso por minuto ...

...o documento é digitalizado...


...volta para a “preparação” para a remontagem do processo...


...volta para a caixa – empacotamento - e para o arquivo.


Depois é disponibilizado na rede através de um gerenciador de conteúdo, um local virtual aonde todas as APS´s têm acesso. Neste caso a APS faz o Download do arquivo.


*Fotos sequenciais - Pólio Marcos

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

No Diálogo de "informação e contra-informação", José Cleves relata que a história dele é um exemplo dantesco


Por Pólio Marcos

Figura emblemática
, o Jornalista José Cleves, acusado de ter assassinado a própria mulher há oito anos, não esconde a indignação por ter sido denunciado injustamente, segundo ele, pela própria polícia. Com variantes ora de um discurso sobre a ética de jornalista pouco fastidiosa e outra contundente a socos encolerizados acerca do caso que abalou sua vida, José Cleves mostrou-se também afeto as questões midiáticas atuais, na palestra realizada na Faculdade Estácio de Sá na “Semana da Comunicação”.


“Fui ridicularizado, minha vida foi vasculhada e tive que provar que não fiz nada”, declarou o Jornalista. Com um processo de 1.600 páginas, Cleves relatou que em três julgamentos, o último no Superior Tribunal de Justiça, que também o absolveu com 25 votos pela acusação de assassinato, estava trabalhando no Jornal Estado de Minas na época. “Provei que a polícia, imprensa e o Ministério Público estavam errados”, diz.


José Cleves é autor de várias matérias consagradas pelo Prêmio Esso de Jornalismo de denúncias de corrupção no DETRAN/MG, na "banda podre da polícia", o comércio ilegal de armas e as máfias dos caça-níqueis. Não só o prêmio lhe rendeu. As denúncias, segundo ele, deram um saldo de duas CPI´s no Congresso Nacional e três em Minas Gerais. “Incomodei muita gente, encontraram neste episódio uma forma de se vingarem”, declara Cleves que assegura que o complô do assassinato de sua mulher fora uma vingança.


Dentre os bancos vazios do auditório da Estácio de Sá, José Cleves colocou em cheque uma veracidade importante: a imprensa brasileira ainda coleciona traços de uma herança malévola da época da ditadura militar. As fontes “oficiais”. Para Cleves, os jornalistas não estão acostumados a questionar laudos técnicos. Em seu caso, por exemplo, várias provas desapareceram sem deixar nenhum vestígio.


Trabalhando atualmente no Jornal Nova Lima Times, a maior dúvida em seu caso seja o silêncio dos colegas jornalistas que foi escancarado, como a da “Escola Base”. O Jornalista apóia-se que o circo armado da polícia foi veemente. Apoiado pela família, Cleves afirma que sofreu e chorou muito. No íntimo, queria brigar e resolver tudo na “marra”. No entanto, não quis falar do relacionamento com a esposa assassinada, argumentando ser uma ferida ainda não cicatrizada.
Veja o vídeo....

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Crise mundial nas bolsas

E sobre a crise..
que crise?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Brasil e Argentina eliminam dólar


A Argentina e o Brasil chegam à Cúpula do Mercosul de San Miguel de Tucumán (Argentina) prontos para eliminar o dólar de suas transações comerciais e poder realizá-las na sua própria moeda.
O movimento é considerado um marco para a moeda única, uma meta - até agora utópica - que tem sido mencionada no Mercosul (fundado em 1991) por mais de 10 anos.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner (Argentina) já receberam os mecanismos propostos para que o fluxo comercial bilateral possa ser feito em pesos argentinos ou reais brasileiros.
Hoje em dia - 30-06-08

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gilse Cosenza emociona platéia em depoimento sobre o movimento de 1968

Em um momento do evento ela se definiu como mãe, lutadora, realizada e humilde. Foi fascinante. Simplesmente fascinante. O depoimento de Gilse Cosenza, a senhora pequena, magra, frágil, com um brilho e esperança contagiante, “utópica”, de 64 anos, que participou ativamente nos movimentos estudantis em 68, deixou a platéia do auditório da Faculdade Estácio de Sá atônita.
“Foi o período de chumbo”, dizia ela, durante o debate da semana de 1968 “O sonho acabou?” na faculdade. Vários regimes militares espalhados por toda a América Latina, Guerra Fria, Primavera de Praga, instituição do AI-5. Saldo: mais de 250 mil presos políticos, 20 mil torturados e mais de 400 assassinatos nas décadas de 60 e 70 pelo governo militar brasileiro. “Era um período de terror”, analisa Gilse.
Segundo ela, o mundo do 2º pós-guerra, principalmente na Europa, estava sem perspectiva, vivia um tempo de angústia e autodestruição. “Em 68 no Brasil, o questionamento era político e social, queríamos mudar o mundo”, dizia.
A luta de Gilse começou cedo. Estudante secundária no Instituto de Educação em Belo Horizonte, ela se mostrava como uma feroz e autêntica defensora na luta pela liberdade. Realmente viver sob uma ditadura militar não era “prêmio” para ninguém. No dia do golpe de 64, pegou alguns colegas e foi para a praça da liberdade fazer palanque. Os policiais bateram em todo mundo.
Uma das grandes mudanças propostas e muito combatida na época era o papel da mulher na sociedade. Consenza não queria ser somente uma boa esposa e mãe. Queria ser mais. Seu pai dizia que universidade não era “coisa de mulher”. Entretanto, Gilse era indiferente a isso. Passou no vestibular da Puc na época, e fugiu de casa é claro.
Gilse Consenza conta que foi expulsa do colégio por colocar Jeans – era proibido. Entre as histórias, a mais difícil de contar foi sua prisão em 69. Um capítulo á parte de todo o tipo de tortura. Com a filha recém nascida, foi estuprada e sofreu torturas físicas durante nove meses. Preço alto por defender o companheiro e os amigos militantes. Mudou várias vezes de nome.
Em 1998, após ficar 30 anos fora de Belo Horizonte retorna para os movimentos populares como a criação do Centro Popular da Mulher e como representante da União Brasileira das mulheres.
No último momento de sua apresentação, as pessoas se levantaram batendo palmas. Via-se lágrimas nos olhos de alguns.
O estudante do 1º período de Publicidade e Propaganda Felipe Mendes Ferreira, de 22 anos se emocionou. “Gilse me ajudou a ter mais esperança, ver outras possibilidades e não se contentar com o que está aí”. Erlinda Santos, 28 anos, estudante do 7º período de Jornalismo enfatiza: “Incrível, ela é um exemplo de superação. Passou por todo o tipo de tortura e não perdeu a garra de lutar por aquilo que acredita”.

Pólio Ferreira.
Leia mais:

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Do inferno ao céu em 90 minutos


Imagine que você esteja assistindo ao jogo entre Ronaldo e um de seus maiores adversários. O jogo é emocionante. O estádio está lotado. Ronaldo não começa bem, entretanto, nos 25 minutos do segundo tempo, o vento muda a seu favor e a narrativa começa assim:
site brazilian voice.com


Primeiro Tempo

Contusão no Jogo entre o Milan e o Livorno – 0 Ronaldo (R) X 1 Adversário (AD). Time do coração vence o campeonato estadual em cima do Botafogo no Maracanã – 1 R X 1 AD. Saída para comemoração para o Motel Papillon com os travestis, André Albertino, “Andréia”, Júnior Ribeiro da Silva, “Carla” e “Veida”, ser chantageado e ir para 16ª da Barra da Tijuca – 1 R X 3 AD. Ameaça de corte no “orçamento” pela Nike e pela TIM – 1 R X 4 AD. Não ser mais um dos embaixadores da UNICEF – 1 Ronaldo X 5 adversário. (não está ficando bom para o “Fenômeno”).

Segundo Tempo

Defesa dos jogadores Pato, Kaká e Maradonna – 3 Ronaldo X 5 adversário. Dar entrevista no Fantástico com Patrícia Poeta, convencer os fãs que não transou com ninguém, é heterossexual, não usa drogas, se arrepender e ainda voltar para a namorada Bia Antony – 5 Ronaldo X 5 adversário. (Pelo menos empate.). Momento da consagração. “Andréia” e “Carla” voltam espontaneamente à 16ª DP dizendo ao delegado que só queriam fama e dinheiro – 6 Ronaldo X 5 adversário. (recuperação incrível digna de final de campeonato). Glória de campeão.

Conversando com a estagiária Michelle Ribas Fernandes, 16, desconfiada, ela afirma Ronaldo não é santo. “Foi um vacilo muito grande, mas penso que os travestis queriam se aproveitar dele”. Já a estudante Aline Rodrigues santos, 19, declara “Acredito nele, é tanto que os travestis desmentiram tudo”.

Pólio Ferreira

quinta-feira, 24 de abril de 2008

REALIDADE DESCONHECIDA

TV POR ASSINATURA DEVE DISPONIBILIZAR CANAIS BÁSICOS PARA A COMUNIDADE

Apesar de ser um sonho de muita gente, apara algumas pessoas já se torna realidade, principalmente quanto á mídia comunitária. É claro que em nosso país ainda há muitas dificuldades com as limitações da legislação ou a utilização do instrumento de maneira adequada.

Porém, o pior problema detectado é que esta é uma realidade desconhecida da maioria da população brasileira que ainda não foi esclarecida sobre o seu real papel na sociedade. Um dos veículos de comunicação comunitária pouco explorado é a TV á Cabo.

Garantida pela lei nº 8.977 de 06 de janeiro de 1995, regulamentada pelo decreto lei 2.206 de 14 de abril de 1997, as operadoras de TV á cabo devem disponibilizar seis canais básicos de utilização gratuita, sendo que um deles “um canal comunitário aberto para utilização livre por entidades não governamentais e sem fins lucrativos”. Nas cidades com mais de uma concessão, pode disponibilizada a programação em todas as operadoras.

Apesar de ser “elitizada” – os pacotes de TV a cabo variam de R$ 80,00 a R$200 mensais – é fato que já é vista como um meio de comunicação segmentado que disponibiliza aos assinantes, programação de qualidade. O interessante em relação à democratização da comunicação na TV á cabo comunitário é que, mesmo considerando a limitação da lei de cabodifusão, esta constitui um avanço na mídia nacional.

É possível reunir a comunidade, levantar as necessidades, discutir e analisar os problemas, buscando soluções e resgatar a identidade local. As programações devem ter qualidade e de interesse comunitário, daí ser exigido que a sociedade civil organizada tome a frente como porta voz.

De acordo com José Guilherme, um dos fundadores da TV Comunitária de Belo Horizonte – TVC, a comunidade tem direito de ter acesso para veicular o seu discurso, a sua mensagem. “A comunidade tem que ir atrás, bater na porta e dizer: quero veicular isto. Entretanto isso depende de se ter o conhecimento, não é de saber que se pode ter acesso a um canal de TV de veicular opiniões. Tem a ver com cidadania, saber de seus direitos”.

Pólio Marcos

sexta-feira, 18 de abril de 2008


Nem o "Tex" esperava por esta!!!!!

Vermelho
Vamos lá Tucanato!!! Tenta mais uma!!!!!

Vermelho
Não deixe acontecer com vocês !!!!!!!

Vermelho


Já sei o que vai dar esta guerra!!!!!!!!

Vermelho
Será que a "Dilminha" aguenta esta ?!!!!!!!

Vermelho

Ninguém segura o presidente!!!!!!

Vermelho

O que é que vai dar esta eleição?!!!

Vermelho

Se eu trancar o bolso, o que é que faço ?!!!

Vermelho
Por esta nem o Bush esperava !!!

Vermelho


quarta-feira, 16 de abril de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Charge do dia


Não sei porque mas, gostei dela.
E você ?
Os Tucanos estão com tanto medo assim é ?

Cabo de guerra pelo aumento dos juros

Pessoal,
Vejam uma perícope do Jornal Vermelho sobre o
aumento dos Juros pelo Copom.
Desde o começo do ano o país começou a viver sob forte pressão do Banco Central e do mercado financeiro -- um assoprando o outro -- numa interação pela volta do aumento da taxa de juros, que ainda se encontra bastante elevada. O aumento de juros agora não serve ao desenvolvimento do país e nem aos interesses do povo brasileiro.

Dois caminhos para o desenvolvimento do país

Neste momento, a volta da elevação da taxa de juros implica em profundas conseqüências negativas para a nação e a maioria da população. Mesmo porque o Banco Central sinaliza que o aumento “preventivo” dos juros neste mês é o começo de um novo ciclo de elevação da taxa de juros até o início do próximo ano.

Essa medida não se esgota em si mesma, mas está em disputa, como temos afirmado, dois caminhos no plano econômico: a prioridade (absoluta) para as metas de inflação, ou para as metas de investimento.

Na concepção do BC o desenvolvimento no Brasil tem um teto, não deve ultrapassar o “PIB potencial” que hoje é de 5%. E, para isso, o BC somente tem um único remédio (não interessa os danosos efeitos colaterais): aumento de juros, cuja eficácia é exatamente evitar o crescimento dos investimentos e do consumo.

A outra concepção, não ortodoxa, comprometida com a temática do desenvolvimento, defende que a melhor política de combate à inflação de demanda é justamente a ampliação dos investimentos que permita a capacidade de produção do país crescer, atendendo assim em condições suficientes a demanda interna.

Este é o caminho compatível com o modelo de desenvolvimento nacional, com distribuição de renda, apregoado pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva e as forças progressistas do Brasil. Esta é também a via para concretizar a nova política industrial.

Hoje, a taxa de investimentos sobre o PIB, no país, não chega a 19%, sendo que para alcançar um incremento do PIB maior que 5%, atingindo algo em torno de 7% -- ainda inferior ao nível de muitos países em vias de desenvolvimento -- seria preciso uma taxa de investimento da ordem de 21% (o programa do segundo governo Lula estabelece meta de 25%). Esse nível de investimento, durante muitos anos, é que permitiria basicamente universalizar educação e saúde de qualidade e construir a infra-estrutura necessária ao crescimento constante do país.

Todavia, para passar de um investimento da ordem de 19% para 21%, deverá haver normalmente certas pressões inflacionárias, podendo aparecer alguns “gargalos” próprios de uma economia que começa a crescer a taxas significativas. A solução está em medidas de contenção dirigidas aos setores que estão mais pressionados, prescindindo da elevação da taxa de juros, que significa freio no conjunto dos investimentos e corte geral do consumo.

Hoje o problema principal é o crescente déficit externo

A volta ao aumento de juros, neste momento, é extemporânea e nefasta. Esta é a questão nodal. São muitos os economistas independentes, de várias escolas, que enfatizam a intempestividade dessa medida. Em posição contrária, de forma espontânea, tem gente que argumenta que as medidas tomadas pelo BC deram certo, mantiveram a inflação contida, “merecem nossa confiança”. Mas, essa é uma interpretação simplista, distante da evolução da realidade.

Por exemplo: em 2004, quando a economia se acelerou, o BC espantado com as pressões inflacionárias, promoveu duro aperto monetário, malogrando o crescimento nos dois anos seguintes. Mas o pior não aconteceu em médio prazo porque, naquele ano, o governo Lula começava a desonerar os custos dos investimentos, ampliava o crédito, e o Real estava num nível bem mais desvalorizado.

Hoje a situação é bastante distinta. O Real já se encontra sobre-valorizado, aumentando o poder de substituição das importações, prevendo-se já para este ano um elevado déficit em transações correntes do país. Desse modo, na atualidade, o principal problema da economia brasileira não é a inflação, mas a rápida queda do superávit comercial e o crescimento do déficit do balanço de pagamentos, corroendo a reserva internacional.

A situação é mais delicada sobretudo se se considera o cenário internacional de crise econômica no centro do sistema, que não revelou ainda sua dimensão completa e a extensão dos seus desdobramentos. A retomada do aumento de juros incrementará precisamente o déficit externo e poderá trazer de volta a vulnerabilidade externa do país.

Aumento preventivo dos juros só interessa ao sistema financeiro

Não há fatos significativos que justifiquem o aumento “preventivo” dos juros. Em verdade, este aumento é uma garantia aos grandes proprietários da riqueza líquida e estímulo à ciranda dos especuladores. Os Bancos Centrais não se baseiam em critérios puramente técnicos, suas hipóteses e decisões estão contaminados por preconceitos ideológicos.

Sua independência é uma abstração formal. Estão, sim, submetidos a pressões permanentes dos poderosos círculos financeiros, grandes credores e especuladores. Os conservadores “supõem que as decisões privadas são racionais” e que “não há diferenças de poder entre os agentes privados”, isto está mais para um reino do “conto de fadas”, do que para a realidade, com bem demonstra o professor Luiz G. Belluzzo.

Em primeiro lugar, os dados oficiais disponíveis não permitem concluir que a demanda cresce sem investimentos à altura, mas atestam o contrário. Os dados são eloqüentes. A indústria brasileira continua crescendo de forma robusta. E o uso da capacidade instalada da indústria recuou de 83,1 em janeiro para 82,9 em fevereiro, portanto, aumentando a capacidade de atender a demanda.

Conforme editorial do jornal Valor Econômico, de 7 de abril, “vem ocorrendo persistente redução na ocupação da indústria”. Os investimentos vêm se expandindo há oito trimestres consecutivos num ritmo mais acelerado que o do PIB. Nos últimos trimestres, o ritmo de expansão da FBCF (Formação Bruta do Capital Fixo), que mede o nível de investimento, tem superado o do PIB em mais de duas vezes.

Em segundo lugar, quanto aos índices atuais de inflação. A inflação, tanto a corrente quanto a prevista não indica afastamento da trajetória perseguida, de 4,5% ao ano, como centro da meta, podendo até mesmo, conforme amplitude das metas estabelecidas, deslizar de 2% a mais ou a menos.

E há um dado real revelador: não tem havido, objetivamente, incorporação acelerada de novas camadas de consumidores dispostos a se endividar, antes mantidos à margem do curso econômico. E ademais, o aumento médio real dos salários é inferior ao nível de crescimento da produtividade atual.
Para completar, economistas renomados afirmam que a pressão inflacionária atual é decorrente do aumento dos preços globais das commodities e alimentos, dos quais o Brasil é um grande produtor, se beneficiando de uma forma ou de outra dessa situação. Inclusive nosso país tem uma inflação menor que à média mundial. Nesse caso, o aumento de juros aqui não terá nenhuma conseqüência nesse tipo de inflação de além mar.

Em terceiro lugar, o aumento de juros agora elevará o diferencial entre o que se cobra no Brasil em relação aos juros nos Estados Unidos que, ao contrário vêm abaixando suas taxas, alargando o fosso para as arbitragens especulativas. O Real está sujeito a crescente pressão de mais elevada valorização, com a entrada de crescente volume de investimentos de curtíssimo prazo (capital “motel”), onerando os preços das exportações brasileiras e alimentando maior instabilidade econômica.

Por fim, há uma lei objetiva, se os juros sobem, o investimento produtivo deixa de ser atrativo, fazendo com que se nutra ainda mais a cadeia da especulação financeira do país. Agora, o aumento de juros, conforme a dosagem aplicada, pode não repercutir imediatamente neste ano porque os investimentos já estão em marcha – R$ 16 bilhões só em infra-estrutura no país em 2007 e mais R$ 55 bilhões que estão no “forno” .

Mas o aumento de juros vai inevitavelmente impactar negativamente o crescimento a partir de 2009, véspera das eleições gerais de 2010 e, sobretudo, poderá condicionar uma situação perigosa de elevado déficit em transações correntes do balanço de pagamento.

Extraído do Site Vermelho


segunda-feira, 7 de abril de 2008

banda Nechivile - não vou tirar você do coração

Arguto e observador, Domingos Meirelles afirma que imprensa enfrenta crise e que jornais são escritos para os donos, não para o leitor.



Cabelos brancos, voz suave, retórico e com uma inteligência brilhante, Domingos Meirelles, apresentador do programa "Linha Direta" da rede Globo, ama a história brasileira. Em seu livro "1930: os órfãos da Revolução", o jornalista mostra detalhes de bastidores do final da política do café com leite com muita maestria e simplicidade.

1930 foi o segundo livro, seguido por “As noites das grandes fogueiras” sobre a Coluna Prestes, lançado pelo autor para, segundo ele, satisfazer uma inquietação intelectual. A historiografia oficial do país escondia, mostrava e manipulava os fatos como ela queria, indaga Meirelles.

1930 é fruto de cruzamento de leituras com visões multifacetadas e é baseado no ano em que o presidente Washington Luís fora deposto. Ele esmiuça com detalhes a vida da aristocracia rural do Rio de Janeiro. “Meu interesse pela história é fazer com que as pessoas façam reflexões de qualquer natureza. Penso que não ler é pior do que a Dengue. A informação não pode ser um privilégio das elites”.
Profissão
- Domingos Meirelles começou no Jornalismo por pura paixão. Primeiro, consertava máquinas de escrever para o jornal "Última Hora", no Rio de Janeiro, o único que realmente era resistente à ditadura vivida pelo país na época. A redação era formada por advogados.

Ainda aí Meirelles não era envolvido em política. Entrou quando soube que um médico de sua mãe fora maltratado por um grupo paramilitar. "Pra mim foi absurdo ver alguém inocente ser maltratado daquela forma. Dali em diante me alistei no jornal Última hora quando ingressei no curso de Jornalismo".

Segundo ele, no primeiro dia era avaliado pelo “coletivo” do jornal. Os focas tinham um cuidado especial pelos mais velhos na redação, pois eram tutores. Seu mestre foi Maurício Azedo, secretário gráfico. “Quando cheguei na redação fiquei abismado pela inteligência dos jornalistas. Pensava que nunca seria tão inteligente quanto eles”, diz.

Globo
- No entanto, com um ano e sete meses de Última hora, Meirelles segue para o grupo Abril, fazendo matérias para as revistas Cláudia, Quatro Rodas e Realidade. “Fiz uma matéria para a Quatro Rodas no Paraguai investigando carros roubados no Brasil e constatei 48 veículos. 20 anos depois pelo Globo repórter são 150 mil”.

Já em 1985 foi chamado por Armando Nogueira diretor de Jornalismo da TV Globo para trabalhar no Jornal Nacional. Segundo ele, Armando o escolheu porque tinha uma aparência mais velha. Daí em diante seguiu para o “Fantástico”.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Nassif revela evidências de ''dedo tucano'' no suposto dossiê

O jornalista Luis Nassif conseguiu informações de bastidores que indicam a participação de tucanos na elaboração do suposto dossiê que a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo --coincidentemente, dois veículos simpáticos ao tucanato - andaram divulgando na última semana.
Segundo informação postada no blog do Nassif, há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo Fernando Henrique para causar um ''fato político'' que estourasse no colo do Palácio do Planalto.
Agora, Nassif traz novos indícios que fortalecem esta hipótese. Ele mesmo diz estar convencido de que o tal dossiê é uma armação. ''Não é a primeira vez que sigo a intuição e aposto em uma direção. Se estiver errado, pago o pato: me penitenciarei publicamente aqui no Blog e me exporei aos ataques dos adversários. Mas minha convicção sobre a natureza do suposto dossiê está mais forte'', diz ele.
''Tanto na matéria da Folha quanto da Veja, não havia uma indicação nem de onde veio o tal dossiê, nem quem foi chantageado por ele. E essa ausência absoluta de informações acende a luz amarela em qualquer jornalista com experiência em reportagem investigativa'', explica Nassif.
Governo anterior
A suspeita de Nassif sobre a origem do dossiê foi reforçada após a conversa que ele teve com um dos mais experientes repórteres políticos de Brasília. ''Sua visão – de dentro do jornalismo brasiliense – ajuda a trazer mais dados para essa história do suposto dossiê contra Fernando Henrique Cardoso'', diz Nassif.
O jornalista, que Nassif preferiu não identificar, diz que há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo anterior. A primeira, é que os papéis não machucam ninguém. Apresentam apenas banalidades sobre os gastos de FHC. Depois – continua ele – porque, pela descrição da Folha, percebe-se que foram extraídos de três bases de dados diferentes, com três letras diferentes de computadores, com diferentes tratamentos a dona Ruth.
O jornalista ouvido por Nassif garante que esses papéis não foram produzidos na Casa Civil. ''No máximo pode haver alguma coisa da base de dados que foi juntada às trezes folhas. A Casa Civil pode ter seu levantamento, mas não é esse'', opina.

Já havia suspeitas de que o material reproduzido pela Folha na quinta tivesse sido fornecido pela Veja. Primeiro, pelo fato de nenhuma das duas empresas darem a menor dica sobre a proveniência dos dados. Em qualquer jornalismo que se preze, não se entregam as fontes mas se dão dicas sobre a origem da informação, como forma de situar o leitor. Ou do Congresso, ou de fontes do Palácio, ou de fontes do antigo governo, qualquer coisa que permita ao leitor saber o que estão lhe servindo.As duas publicações nada falam sobre isso. Mas a confirmação veio na última edição de Veja.
Porões
Dilma Rousseff negociou terça e quarta pessoalmente com Roberto Civita a publicação do desmentido oficial da Casa Civil, diz ele. O acordo foi fechado na quarta. A confirmação veio na última edição da revista, no espaço aberto à Ministra. A redação da Veja se sentiu acuada. O suposto dossiê foi entregue à Folha na quinta – típica reação dos porões, diz o jornalista.
E porque porões? Aí entra a questão da bruxaria, imagem que ele vai buscar em matéria de Elio Gaspari na Veja, em 1985, quando Brasília amanheceu coalhada de cartazes indicando que o Partido Comunista apoiava Tancredo.Todo mundo sabia disso, não era novidade. A novidade era saber quem colocou os cartazes. Enquanto a imprensa saía atrás da repercussão dos cartazes, Gaspari saía atrás da identidade dos responsáveis – que haviam sido presos. Descobriu-se que eram pessoas do Centro de Informações do Exército, pretendendo açular a linha dura.
Segundo Nassif, a lógica é a mesma do suposto dossiê. ''Todo mundo sabe que o governo está se armando. Mas o dossiê foi gerado fora do governo para criar um fato político – não com a linha dura do Exército, obviamente, mas com os falcões do Congresso''. Tem uma matéria da Veja acontecendo neste momento, diz o jornalista. ''Não é só calvinista, falso moralismo, não é só estupidez que está exposta. Tem bruxaria também e que está se desdobrando agora. O pessoal antigo de FHC voltou a operar'', revela.
Enquanto alguns tucanos operam nos esgotos da mídia, outros atuam nos corredores do Congresso Nacional para sustentar a farsa montada por eles mesmos. A tática é usar a CPI dos Cartões Corporativos para acusar o governo de chantagem. Nesta semana, líderes tucanos usaram e abusaram das tribunas do legislativo para apontar o dedo acusador para o governo e especialmente para a ministra Dilma Roussef, exigindo dela ''explicações'' sobre o tal dossiê.
Grande pauta
O jornalista ouvido por Nassif diz que, em Brasília, a grande pauta do momento é saber quem confeccionou o suposto dossiê. Um leitor do blog de Nassif resgatou trecho de uma reportagem da própria Folha de S. Paulo que pode ajudar a desvendar esta pauta. A reportagem é de 12 de fevereiro de 2008 e diz que ''o acordo do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) com o governo na eventual CPI dos Cartões Corporativos mobilizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e auxiliares numa varredura de dados,(...) À tarde, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reuniu-se com o secretário de Organização do partido, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência na gestão FHC.
Jorge ficou encarregado de coletar dados sobre o período e checar que tipo de documentação estaria arquivada, assim como o acesso a ela''. ''Ficou claro que os tucanos também possuem uma base de dados sobre o período e o fato desse relatório de 13 páginas, obtido por Veja, jamais ter sido divulgado na íntegra - apenas fragmentos - faz pensar que esses dados que estão circulando podem ter vindo de quem realmente tinha interesse em divulgá-los'', diz o leitor José Augusto Zague, que deu a dica para Nassif.

Dilma: "A quem interessa isso tudo?"

A mesma suspeita têm o governo. Tanto que a própria ministra Dilma Roussef foi porta-voz deste questionamento. ''A pergunta que o governo faz hoje é: a quem interessa o vazamento dos dados?'', disse Dilma durante entrevista coletiva concedida neste sábdo (29) em Curitiba. ''Muita gente sabe e viu. A esperança é descobrir quem'', acrescentou a ministra, ao informar que já foi iniciado o processo de apuração de responsabilidades: ''O grave é o vazamento de informações, que vai ser apurado. Não sabemos quem formatou, a sindicância já foi aberta''.

Na carta enviada à revista Veja, a casa Civil reforça a suspeita ao finalizar a carta com a pergunta: " a quem interessa isso tudo? Ao Governo Federal, certamente, não."

quinta-feira, 27 de março de 2008

Lula diz que ligou para Bush e pediu para americano resolver crise dos EUA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que ligou para o colega norte-americano Geroge W. Bush e pediu que ele resolve a crise financeira dos Estados Unidos.
Em tom de ironia, Lula disse ainda que o Brasil tem know-how em programas para ajudar bancos em dificuldade financeira e citou o Proer --programa de socorro aos bancos quebrados, em 1995."Eu, pessoalmente, liguei duas vezes para o presidente Bush. [...] Eu liguei para ele para falar: "Bush, o problema é o seguinte, meu filho: nós ficamos 26 anos sem crescer, agora que a gente está crescendo você vem atrapalhar? Resolve a sua crise´.
E depois, o Brasil tem know-how para salvar banco, é só criar um Proer", disse Lula durante discurso no Fórum Empresarial Brasil-México, em Recife (PE)."Se ele [Bush] quiser, pode vir ao Brasil e tem gente que pode ensinar, eu não vou ensinar. Mas tem gente que pode ensinar como é que se salva um banco", disse Lula se referindo ao programa lançado pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O Brasil tem know-how e acho que se eles precisarem nós poderemos mandar essa tecnologia para eles. E o pior é isso, é que nós bancamos ajuda aos bancos, fechamos alguns e eles agora estão na Justiça, para ganhar de volta." Dilma x FMILula fez um mea culpa e disse que passou 30 anos da sua vida xingando o economista Delfi, Netto e o FMI (Fundo Monetário Internacional). "Ao Delfim eu já pedi desculpas, num ato público do PT, na minha campanha.O homem precisa ter compreensão de que uma pessoa com quem teve divergência na década passada, pode ser o seu melhor amigo na década seguinte. É por isso que Deus nos fez inteligentes, é por isso que nós somos racionais."
Sobre o FMI, Lula disse que ganhou uma bursite de tanto protestar contra o fundo. "E o FMI, eu tenho um problema de bursite, é de carregar faixa contra o FMI. Não tem um lugar deste Brasil que eu não andei com faixa pendurada. Hoje o FMI não tem nenhum significado." Lula disse que não quis comprar briga com o FMI quando quitou a dívida do país.
"Eu poderia ter feito um programa, em cadeia, como o Juscelino fez quando brigou com o FMI. Eu pensei: eu poderia fazer, mas eu acho que não. Vamos devagar porque amanhã eu posso precisar deles. Então vou com cuidado. Como eu vi minha mãe, muitas vezes, bater palma na casa da vizinha para pegar uma xícara de sal, para pegar uma xícara de açúcar, para pegar uma xícara de óleo emprestado, e eu dizia: mãe vamos manter uma boa amizade com essa vizinha aí, porque a gente pode precisar outra vez."

sexta-feira, 14 de março de 2008

Condoleeza Rice pede que países vizinhos à Colômbia controlem fronteiras



Secretária de Estado ressaltou que o ‘Brasil é claramente um líder na região’.Ela cobrou um controle mais rígido no território da América do Sul.





Rice elogiou a atuação brasileira para solucionar a crise diplomática entre Equador e Colômbia. “O Brasil é claramente um líder na região e, cada vez mais, um líder global, não apenas regional”, afirma a secretária de Estado. Ela apoiou a criação de um Conselho Regional Sul-americano para resolver problemas relativos aos países da América do Sul. Para ela, o Brasil tem sido efetivo em “ajudar a melhorar a vida do seu povo”. A cooperação entre Brasil e Estados Unidos foi lembrada em projetos na África do Sul e na questão do biocombustível.
A secretária de Estado fez elogios o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando o empenho brasileiro em trazer ao foco o biocombustível. "O presidente Lula se destaca por sua sabedoria, por sua capacidade de unir a região, por sua visão. E não só por sua visão sobre a região, mas por ter conseguido melhorar a vida do seu povo e por ter relações com países como os Estados Unidos.
Acho que ele vai conseguir colocar os biocombustíveis no mapa como maneira de resolver os terríveis problemas que estamos enfrentando de oferta de energia e mudanças climáticas." Sobre a Venezuela e a relação com Hugo Chávez, Rice crê que é possível voltar a ter contatos com o país. “Historicamente temos boas relações com a Venezuela”, conta. Ela diz ainda que “a questão não é de onde você está no espectro ideológico, mas, sim, se você respeita valores democráticos e instituições democráticas”.
Para ela, não importa que o presidente seja de esquerda ou direita, mas, sim, dos valores que prega. Quanto às Farc, considerada uma “organização terrorista” na visão dos Estados Unidos, Condoleezza acredita que os países têm de ter um controle mais rígido nas fronteiras entre os países, pois as Forças Armadas estão atuando além do território colombiano. “É uma exigência da ONU que seus países membros façam tudo o que pode ser feito para evitar que terroristas usem o sistema financeiro ou territórios remotos para atacar pessoas inocentes”, enfatiza.
Ela ressaltou que os Estados Unidos já estavam envolvidos em ajudar a Colômbia que enfrenta a insegurança permanente no país, com o narcotráfico e terrorismo. Ela citou o exemplo de Medellín que “antes era um sinônimo de problema e agora é uma cidade que está crescendo e a prosperidade faz parte da rotina de novo”.
Condoleezza Rice lembrou ainda que os Estados Unidos dobraram a ajuda externa na América Latina “porque o atual presidente tem se preocupado com a justiça social”. Para finalizar a entrevista, Condoleeza explica que foi um desejo pessoal a viagem para a Bahia: “é lindo aqui, eu sinto ter demorado tanto a conhecer a Bahia”. Após a passagem pelo Brasil, ela irá para o Chile.

extraído do site G1

Jogo coloca personagens bíblicos para brigar no estilo 'Street fighter'



'Bible fight' promove lutas entre Jesus, Noé, Satã, Moisés, Eva e Maria.
'Heróis' têm poderes especiais como nos clássicos jogos de luta.
Foto - divulgação: site G1



Os jogos de luta "imortais" como "Street fighter", "Mortal kombat", "Virtua fighter" e "Soul calibur" acabam de ganhar mais um companheiro: trata-se de "Bible fight", um "webgame" que coloca frente-a-frente personagens bíblicos como Jesus e Maria.


São seis personagens bíblicos: Eva, Noé, Moisés, Maria, Satã e Jesus. Cada um tem seu próprio cenário e golpes especiais. Eva luta no paraíso e uma de suas armas é o "mudd uppercut", quando Adão surge das profundezas para atacar o adversário da mulher.



quinta-feira, 13 de março de 2008

Profissionais: precisamos deles



Penso que encarar o jornalismo é barra. Sei muito bem que não somos dono do mundo e nem sabemos de tudo. "Só sei que nada sei", dizia Sócrates.
Mas graças ao bom Deus, tenho muitos colegas de profissão que posso contar, para resolver minhas dúvidas. São eles: Ricardo, Wagner, Lourival, André, Cristiane, Djian, Helena, Andréia, Ademir, Gabriel, Amarildo, Leandro, Carolina, Marcos, dentre outros.
Valeu colegas...
Pólio

terça-feira, 11 de março de 2008

Para Marcos Antônio TV comunitária é espaço para reinvindicar direitos

"Fiz dez provas de vestibular para direito, não passei em nenhuma", declara Marcos Antônio da Silva, 43, hoje estudante do sétimo período de Jornalismo em entrevista. Casado, pai de dois filhos, evangélico, servidor público, bem humorado e um olhar brilhante quando se fala em TV comunitária, ele afirma que seu sonho é fazer uma "TV de Rua".
Marcos Antônio teve uma infância muito difícil. "Eu era muito pobre, mas consegui entrar no serviço público", diz. O estudante declara que a monografia que quer mostrar está enraizada na TV Digital comunitária. Hoje Marcos Antônio faz um trabalho voluntário em uma fundação que tem o objetivo de disseminar as ações da comunidade. "Quero polemizar o assunto de TV comunitária. Os moradores tem que ter um espaço para reinvindicar seus direitos. A TV brasileira hoje é totalmente comercial e elitizada".
De acordo com o estudante, as empresas de TV à cabo tem por lei que disponibilizar, pelo menos seis canais para uso comunitário. Ele revela que para se ter uso deste benefício, os grandes monopólios alegam que os produtores devem ter todo o aparato de produção, roteiro e edição de imagens para veicular. A ANATEL, segundo Marco Antônio, alega também que as pessoas não estão preparadas para empreender sua própria programação. Disse que concordava mas indagou sobre a TV digital. A reguladora afirmou que as programações deverão ser mais convidativas e variadas e com certeza abrirá mais espaço para redes com programações segmentadas e locais.
Marco Antônio afirma que a Fundação Auxiliar de Combate à fome, a qual pertence, já tem alguns equipamentos: uma câmera, e computador para edição. A sede da fundação, claro, está no seu quintal. "Nossa idéia é captar as imagens que as pessoas fazem no bairro onde moram, com a ajuda de patrocínio. Depois, fazemos a edição do material, enviamos uma van com um telão de pelo 75 polegadas junto á praça do bairro, e passamos a imagem para as pessoas, sem maquiagem, respeitando a linguagem local, coisa que não acontece na Globo.", afirma.
Com um tom mais áspero e rosto fechado, Marcos Antônio declara que a TV no Brasil não é democratizada e não há espaço para as comunidades reinvindicarem seus direitos. diz ainda que não gosta quando alguns empresários das TV´s abertas falam das redes que têm como se fossem suas. "Não sei porque falam, 'minha TV'. A concessão é dada pelo governo, você pode ter o melhor equipamento do mundo, no entanto sem a concessão você não tem nada".

sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia de entrevista

Acordei hoje ás 06:00 da manhã com um sono que mal consigo levantar de tão tonto. Preparo a camisa preta. "Saco, hoje eu vou ter que ir de preto, não tenho mais nenhuma camisa mais clara", disse. Visto a calça que compôe o terno. Beijo minha esposa e saio para a rua. O calor já estava me sufocando. Chego na empresa onde vou fazer a entrevista e percebo que o relógio estava adiantado. "Coisa de dona Márcia", replico.
Aproveito e leio um pouco o livro do Franklin Martins. Ele é muito instrutivo. Principalmente na parte da linguagem não verbal que gosto muito. franklin afirma que temos "ler" os corpos das pessoas, pois pode dar algum furo. Entro no elevador. Fico esperando pelo menos vinte minutos. "Será que faz parte do teste?", me indago. Chega uma figura. Meu concorrente na vaga. Seu nome era André. sorriso largo, rosto queimado por um acidente doméstico com óleo quente há dois dias.
Camisa preta, que nem a minha, calça Jeans, sapatos comprados em uma Elmo da vida. Gente boa. Logo foi puxando conversa. Disse que estava fazendo o segundo período de Administração. "Esse é o candidato perfeito para a vaga", pensei. Entre as dores que reclamava falou da namorada. Dizia que estudam na mesma sala e são castíssimos. Tentei acreditar. Falava que meu nome era engraçado. Coitado. Ele ainda não tinha visto nada. Sentamos e a "psicóloga", se é que a deveria chamar assim, aplicou-nos o teste. Ela era muito bonita. Cabelo meio louro, meio sorriso, olhos azuis e um olhar convidativo, explicava a tarefa como se fôssemos crianças de primeira série.
O teste era engraçado. traçar "pausinhos" na mesma proporção e ordem. Foram só trinta minutos de teste e já estava com fome. Tenho a mania de sair sem tomar café. Despistei a fome pensando em um saboroso pão com manteiga. Na saída, tinha que responder á algumas perguntas básicas, como por exemplo a religião que professo e quanto tempo me dedico a ela. "Que coisa", pensei. Fui sincero. Penso que fui mais sincero com ela que com minha mãe. Deu-me o endereço onde faria outra entrevista.
Era mais longe que pensava. Ceasa, é mole. Rua da Bahia com Carijós. Ponto do ônibus. pergunto ao motorista da linha 4402 se passava em frente ao centro de distribuição do Magazine Luiza. "É o BR 040", diz. Percebo que vem outro em seguida. Faço a mesma pergunta. estava inseguro. O motorista falou que passava onde queria. Entro e o cata jegue estava cheio. As pessoas pareciam vindas do interior. Roupas sujas e muita gente idosa. Eu com aquele calor e de roupa preta.
A viagem foi longa. Já fazia mais de cinquenta minutos dentro daquela caixa e já não estava mais aguentando. O cobrador me dá um sinal de que posso descer. Para a minha surpresa os dois entederam errado. Falei que queria ir até a Smart Logística. Entenderam Mart Minas. "Estou muito abençoado hoje", disse espantando o mal humor. Pergunto ao porteiro da empresa por onde podia passar e me disse que ia andar muito.
E andei. O engraçado é que a rua onde estava passando era de chão batido. Dez moleques andavam comigo. Tocavam todas as campainhas das casas que viam e ainda mexiam com todos os cães da rua. Lembrei-me da minha infância. Eu também fazia a mesma coisa. Cheguei na empresa. Mais espera. Essa foi pequena. Tive que colocar todos os meus dados na folha. "Há tanto tempo que não preencho uma ficha", pensei. Uma moça muito gentil me ofereceu água.
Cabelos castanhos, com uma boca super sensual. O corpo nem se fala. Esbocei meu tradicional sorriso. "Deu química", pensei.
Já na entrevista dentro da sala, o diretor de RH, branco de olhos azuis, parecia do sul, e o outro baixinho, mais mineiro. Todos estavam sérios. Como de costume, as falas estavam todas decoradas. Benefícios, salário etc. O diretor de RH me surpreendeu em um gesto. Percebi que estava verificando a reação do meu corpo a cada palavra proferida.

No fim esticou o pescoço e olhou as minhas pernas. Imediatamente esbocei o sorriso e olhei nos olhos dele. Sabia que ele queria ver meu interesse pela vaga. Estava "lendo" minhas reações. "Coincidência", pensei. Li sobre isto hoje. Realmente as pessoas querem saber mais sobre nossas reações do que aquilo que falamos. "Importante. Muito Importante", observo. Saio da entrevista e vou para a faculdade. Meu grande amigo e colega Guará me liga. "Tô chegando", diz. Sigo para os laboratórios. Ligo o micro e vou ler as notícias do dia e primeira manchete: "Polícia não pode entrar batendo", disse Lula na apresentação do Pac na favela da Rocinha no Rio.
Pólio

segunda-feira, 3 de março de 2008

Copom deve manter Selic em 11,25%

Mesmo que o mercado não conte com surpresas, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores e o presidente do Banco Central, que será realizada amanhã e depois, vai merecer a atenção dos investidores brasileiros.
Com o dólar em seus menores patamares desde 1999, cresce a expectativa em torno da possibilidade de o Copom vir, em um futuro próximo, a reduzir a taxa básica da economia. A expectativa predominante é que o Copom mantenha, na reunião desta semana, a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,25% anuais.
Na Europa, tanto o Banco da Inglaterra (o banco central britânico) como o BCE (Banco Central Europeu) também vão se reunir nesta semana. Na quinta-feira, ambos divulgam suas decisões. O mercado espera que os juros sejam mantidos, em 5,25% no Reino Unido e em 4% na zona do euro.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Salário Mínimo vai a R$ 412 a partir de sábado

O novo salário mínimo, de R$ 412,42, começa a valer no sábado, dia 1º de março, com reajuste de 8,52% sobre o mínimo atual (R$ 380). A data, que já estava prevista, foi confirmada pelo Ministério do Planejamento.
O relator geral do Orçamento, deputado federal José Pimentel (PT-CE), informou que o Executivo deverá encaminhar ao Congresso Nacional medida provisória reajustando o piso salarial, já que o projeto de lei nesse sentido ainda não foi aprovado pelo Senado.
Pimentel reafirmou que os recursos para atender o aumento de benefícios previdenciários e assistenciais decorrentes do reajuste estão garantidos na proposta orçamentária deste ano. No projeto de lei encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional, a previsão para o salário mínimo era de R$ 407,33.
Porém, com a definição da reestimativa de receitas do governo e da inflação do ano passado, o valor será reajustado para R$ 412,42.

Matéria do Hoje em dia de 28-02-08

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

"Queda" de Fidel - Veja


Caida Fidel Castro - The best video clips are here

"Fidel é Fidel. Ele é insubstituível", diz Raúl

Foto: Ismael Francisco - AP
Nomeado sucessor de Fidel Castro na Presidência de Cuba pela Assembléia Nacional, Raúl Castro, 76, deve enfrentar a partir desta segunda-feira o desafio das reformas esperadas pelos cubanos, depois de quase meio século de mandato de seu irmão mais velho.

Extraído da Folha dia 25-02-08



sábado, 23 de fevereiro de 2008

Dia de Sábado

Acordei ás 08 da manhã. Estava cansado. Claro, depois de uma semana cheia de expectativas, o que é que eu queria ?. Pois bem, faço aquele lanche para tentar segurar o almoço, já no café da manhã. Não sei que horas volto e não tô com muita grana. Saio. Tenho que correr para alcançar o ônibus, quase que ele me deixa para trás. "Depois desse só daqui há um ano", pensei.
Quando entrei, percebi que o cobrador me olhava, retribui com um sorriso, aliás, ninguém no ônibus estava sorrindo, só eu. Dentre os solavancos e as marchas mal passadas, tentava ler um pouco. O problema é que eu sempre me distraio. Passando pela cruzamento da Contorno com Assis Chateubriand, me deparo com uma cena lastimável. Esqueçam !!!!.
Tento voltar à leitura, entretanto, tenho que descer antes do viaduto da Floresta. Uma senhora me pergunta onde fica a praça da liberdade. Ela estava muito longe. Enquanto a explicava, notei que estava triste. Com uma voz meio rouca e cansada, tentava fingir que me entendia. Coitada. O dia não começou bem para ela.
Corri para o laboratório da faculdade e estava em aula. O rosto da moça da bilbioteca estava soturno. Tentava esboçar um meio sorriso, como sempre eu alargava ainda mais. Me fornecendo um código, uma piscada, me disse: "pode usar o computador do fundo". Sempre me distraio. Quando dei por mim, Djian tinha chegado.
Levantei-me e fui ao seu encontro. Com sua pele negra e ar interiorano, ela me fascina. Perguntou-me sobre os trabalhos. Respondi que estava fazendo. Realmente estava voando..... Me puxou para o outro laboratório. Ás vezes penso sei de tudo.. coitado de mim mesmo... Dou graças por ter colegas que sempre que estou em dificuldades, me auxiliam. Djian é uma delas. Alguns são anjos me dizendo como devo proceder. Ah.. droga !!!. Me esqueci, tenho que ir embora.
Pólio.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Renúncia de Fidel

foto extraída de http://br.geocities.com/josemarti_rj/eventos.html

Depois de 49 anos no poder, Fidel Alejandro Castro Ruz, de 81 anos, anuncia sua renuncia à presidência do Conselho de Estado Cubano. Se colocarmos um paralelo entre a ex-União Soviética e Cuba, parece que ninguém venceu. Historiadores perplexos dizem que o socialismo morreu com a queda do Muro de Berlim em 1989 e a quebra da URSS em 1991. Pode ser que com Fidel, o socialismo acabou de ser enterrado. Muitos ainda querem sua morte.
A barba continua espessa. Continua o mesmo olhar ditatorial dizendo "sou duro. não morri ainda, esperem para ver". Desde que chegou ao poder em 1959, na derrubada do governo de Fulgêncio Batista, juntamente com o revolucionário Camilo Cienfuengos Gorriarán, Fidel colecionava amigos. Che Guevara se uniu a ele para a luta armada. Como ministro da indústria e posteriormente presidente do Banco Nacional Cubano, Che era a ameaça ao "imperialismo americano". Como um país tão pequeno pôde assustar uma potência tão grande. Vá se entender. Isso mesmo. Entender Fidel, ou melhor, as idéias de Fidel, é entender a história e vida de Cuba. Ora santo, ora demônio. Muito carismático e falante. Seu maior discurso durou mais de 15 horas - Hugo Cháves aprendeu com ele - Até João Paulo II o visitou !!!. Ameaça ou não, Fidel é retrato esculpido do maior violador dos direitos humanos (Stalin matou muito mais comunistas) e o idealizador de uma sociedade igualitária.
Precisamos ser mais justos com Fidel. Ele restringiu as liberdades individuais, (internet, nem pensar) entretanto a educação é uma das melhores da América Latina. Ah, os cubanos ainda tem dentes bem tratados. Fidel pode também ter executado e ter prendido mais de 200 presos políticos segundo a ONU, no entanto, a mortalidade infantil do país é menor que a cidade de Washington. O analfabetismo é quase nulo e a saúde meu caro, vai muito bem, melhor do que a nossa. Esporte então nem se fala.
Fidel ainda vai ficar na sombra de Cuba. Enquanto ele viver, nada mudará na ilha em que mais de 10 mil cidadãos em média fogem todo o ano. Dizem que ele arquitetou todo o plano de "renúncia". Quer saber, o poder é Fidel, e Fidel é Cuba. "não saio", esse é o perfil nos jornais do olhar caribenho do filho de imigrante espanhol, estudante de direito da universidade de Havana, ditador, revolucionário e que se auto denomina o "homem das idéias".

Pólio Marcos