quinta-feira, 27 de março de 2008

Lula diz que ligou para Bush e pediu para americano resolver crise dos EUA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que ligou para o colega norte-americano Geroge W. Bush e pediu que ele resolve a crise financeira dos Estados Unidos.
Em tom de ironia, Lula disse ainda que o Brasil tem know-how em programas para ajudar bancos em dificuldade financeira e citou o Proer --programa de socorro aos bancos quebrados, em 1995."Eu, pessoalmente, liguei duas vezes para o presidente Bush. [...] Eu liguei para ele para falar: "Bush, o problema é o seguinte, meu filho: nós ficamos 26 anos sem crescer, agora que a gente está crescendo você vem atrapalhar? Resolve a sua crise´.
E depois, o Brasil tem know-how para salvar banco, é só criar um Proer", disse Lula durante discurso no Fórum Empresarial Brasil-México, em Recife (PE)."Se ele [Bush] quiser, pode vir ao Brasil e tem gente que pode ensinar, eu não vou ensinar. Mas tem gente que pode ensinar como é que se salva um banco", disse Lula se referindo ao programa lançado pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O Brasil tem know-how e acho que se eles precisarem nós poderemos mandar essa tecnologia para eles. E o pior é isso, é que nós bancamos ajuda aos bancos, fechamos alguns e eles agora estão na Justiça, para ganhar de volta." Dilma x FMILula fez um mea culpa e disse que passou 30 anos da sua vida xingando o economista Delfi, Netto e o FMI (Fundo Monetário Internacional). "Ao Delfim eu já pedi desculpas, num ato público do PT, na minha campanha.O homem precisa ter compreensão de que uma pessoa com quem teve divergência na década passada, pode ser o seu melhor amigo na década seguinte. É por isso que Deus nos fez inteligentes, é por isso que nós somos racionais."
Sobre o FMI, Lula disse que ganhou uma bursite de tanto protestar contra o fundo. "E o FMI, eu tenho um problema de bursite, é de carregar faixa contra o FMI. Não tem um lugar deste Brasil que eu não andei com faixa pendurada. Hoje o FMI não tem nenhum significado." Lula disse que não quis comprar briga com o FMI quando quitou a dívida do país.
"Eu poderia ter feito um programa, em cadeia, como o Juscelino fez quando brigou com o FMI. Eu pensei: eu poderia fazer, mas eu acho que não. Vamos devagar porque amanhã eu posso precisar deles. Então vou com cuidado. Como eu vi minha mãe, muitas vezes, bater palma na casa da vizinha para pegar uma xícara de sal, para pegar uma xícara de açúcar, para pegar uma xícara de óleo emprestado, e eu dizia: mãe vamos manter uma boa amizade com essa vizinha aí, porque a gente pode precisar outra vez."